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Formação de agregados proteicos na presença de líquidos iónicos e a aplicação de simulações de dinâmica molecular

15-Abril-2018 - rcaap.pt



O estudo do mecanismo de formação de agregados proteicos é atualmente alvo de interesse devido à sua frequente relação com doenças neurológicas como o Alzheimer, mas também devido às suas características estruturais e mecânicas relevantes para aplicação em diversas áreas. Devido ao facto da mesma proteína poder dar origem a diferentes tipos de agregados dependendo do meio em que se encontra inserida, é necessário perceber a influência dos vários fatores na formação destes e o seu mecanismo de formação. Visando estes objetivos, neste trabalho, foram usadas proteínas e fragmentos modelo, nomeadamente o fragmento do peptídeo 16KLVFFA21, bem caracterizado na literatura como modelo para o estudo de formação de fibrilas amilóides, e a ovalbumina, em conjunto com dois fragmentos da sua sequência e as proteínas totais da clara do ovo, para estudar a formação de agregados proteicos na presença de líquidos iónicos (LIs). Os LIs, nomeadamente o arginato de colínio ([Cho][Arg]) e tosilato de colínio ([Cho][Tos]), foram estudados como solventes indutores da agregação in vitro sob condições controladas. A formação de agregados foi avaliada laboratorialmente a pH 2 e pH 7, por técnicas de microscopia e ensaios de fluorescência por Tioflavina T, em conjunto com simulações de dinâmica molecular que permitiram estudar a estabilidade dos agregados proteicos. Verificou-se a formação de fibrilas de ovalbumina com características não amilóides na presença de [Cho][Arg] a 0,05 M a pH 2, tendo sido também verificada a formação de agregados com estrutura amorfa, mas com presença de folhas-ß locais, com [Cho][Tos] a 0,05 M a pH 2. Os restantes agregados para a ovalbumina e o fragmento em estudo para pH 2 e 7 visualizados por microscopia apresentaram morfologia amorfa. No caso da estabilidade das fibrilas por simulações de dinâmica molecular verificou-se a existência de ligações por pontes de hidrogénio inter-cadeia, estabilizando a estrutura, e interações dos líquidos iónicos com os aminoácidos da proteína. Encontraram-se diferentes áreas de superfície acessível ao solvente relacionadas com a estrutura secundária amorfa ou com folhas-ß locais, enquanto que pelo cálculo da energia de associação da estrutura formada foi possível concluir que nos sistemas com líquidos iónicos não existe uma conformação prevalente, sendo necessários estudos adicionais



Link para o texto completo:
 
http://hdl.handle.net/10773/22871