23-Março-2019 - rcaap.pt
A conservação de vida selvagem, onde a conservação in-situ e ex-situ se encontram correlacionadas, é uma complexa tarefa que tem ganho voz desde o séc. XIX, cujo empenho e sucesso dependem de um envolvimento multidisciplinar na qual todas as valências têm um papel importante, estando nelas incluídas a medicina veterinária. A necessidade de ações conservacionistas advém da ação antropogénica exercida no ambiente, que é o principal fator de ameaça de extinção. A medicina da conservação é uma área em desenvolvimento que tende para a resolução de problemas em que vê a saúde como um todo, relacionando a saúde meio ambiente, das populações selvagens, dos animais domésticos e do Homem. O presente relatório foi desenvolvido durante o estágio num jardim zoológico e num centro de recuperação de animais selvagens. Os temas desenvolvidos foram escolhidos com o intuído de dar uma visão sobre atividades in-situ e ex-situ que o médico veterinário pode desempenhar na área da medicina da conservação, dando realce nos felinos selvagens. Será abordado o enriquecimento ambiental, pela importância para populações pertencentes a coleções de zoos e em animais em processos de reabilitação. No segundo capítulo será descrita uma pesquisa acompanhada para a espécie Panthera onca com o intuito de demostrar as possibilidades do uso de métodos não invasivos para o doseamento de hormonas esteroides e, por último serão relatados dois casos clínicos, um num indivíduo da espécie Alouatta guariba clamitans e outro num Puma concolor, onde foi instituída a terapia de ozono de forma a dar a conhecer esta terapia no auxílio de muitos tratamentos e a perspetiva das suas aplicações in-situ.